terça-feira, 12 de junho de 2012

"O julgamento do século": um jogo de cartas marcadas?

Jansen Moreira
Para discutir o Brasil


O que esperar de um julgamento que não pode ter outro resultado aceitável, a não ser a condenação dos réus, não obstante a falta de provas que os incrimine? Se você estivesse prestes a enfrentar um tribunal cujos juízes se deixassem pressionar por um poder paralelo que demonstra uma enorme capacidade de influenciar as decisões de seus julgadores... os réus que deveriam enfrentar um julgamento técnico...




irão se confrontar com um novo julgamento político, numa casa que se supunha guardiã da constituição? Como você se sentiria?


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A mídia que faz as vezes de poder paralelo conseguiu dobrar os juízes do processo, os ministros do STF que capitularam ante pressões da “opinião publicada” na grande imprensa tida como opinião pública. Os ministros do STF que dizem ser imunes a pressões, avocando a vitaliciedade do cargo, como demonstração de sua capacidade de não se deixar influenciar por pressões externas, não conseguem explicar porque o mensalão denunciado por Roberto Jefferson está com a data marcada e o mensalão mineiro, precursor do mensalão que vai a julgamento em agosto, não entrou na pauta de julgamento do supremo, se a denúncia deste mensalão mineiro é cinco anos mais antiga do que o “mensalão” do governo Lula.

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Texto completo em www.joaopaulo.org.br

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Alguns ministros do Supremo se colocam acima do bem e do mal, intocáveis, não-influenciáveis. Deixam-se, no entanto, influenciar pela mídia, de modo tão claro. Deveriam, obviamente, julgar o tal mensalão mineiro antes deste. Mas, de qualquer modo, se tivessem, por algum motivo justo, que inverter esta pauta, então tinham duas alternativas, a fim de não tumultuar o andamento das eleições municipais que se aproximam: julgar antes de iniciada a campanha eleitoral, ou depois deste período. Pois o farão DURANTE.


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